Superlotação na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e no pronto-socorro, ausência de fichas de recuperação pós-anestésicas, falta de materiais e insumos, e ainda funcionamento de apenas quatro dos oito monitores da SRPA. Estes foram os problemas encontrados pela promotora da Saúde do Ministério Público Estadual (MPE), Euza Missano, ao visitar na manhã desta segunda-feira, 12, o centro cirúrgico e a urgência do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
A visita, segundo Euza Missano, foi motivada por uma informação dando conta que havia novamente problemas na ortopedia. “Soubemos que neste domingo só havia dois ortopedistas no hospital, e que eles precisaram realizar procedimentos cirúrgicos, e por isso deixaram o pronto-socorro sem atendimento ortopédico”, relata, acrescentando que três deve ser o número mínimo de ortopedistas atendendo no local.
A promotora ainda relatou que havia 45 pacientes na SRPA, e que apenas metade dos monitores estava funcionando. Com relação à falta de fichas de recuperação pós-anestésica, a promotora afirmou que elas devem existir para que os pacientes, após o ato anestésico, sejam liberados e encaminhados para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou para a enfermaria.
“No momento em que cheguei ao hospital, só havia um ortopedista, e o outro chegou depois. Além disso, o Huse está superlotado porque continuam vindo para cá pacientes monotraumas, que podem receber atendimento médico no Hospital Cirurgia ou em unidades de saúde do interior”, revela a promotora.
Euza ainda afirma que todos os problemas encontrados no hospital já foram relatados em processo do MPE, e que a visita desta segunda vai constar nos autos do processo. “Vou pedir execução da medida liminar, pois infelizmente o Huse voltou a exibir a mesma realidade de antes”, finaliza.
Por Monique Garcez e Kátia Susanna